Fui para uma sessão de autógrafos em Coimbra.
Tinha expectativas baixas, mas voltei mais do que satisfeito.
Viajei até Lisboa para apresentar o meu livro.
Esperava algo grande, maior e melhor do que as que eu já tinha ido. "É a maior Feira do Livro do País", disseram.
Regressei ao Porto completamente desiludido.
Fui para uma sessão de autógrafos em Coimbra.
Tinha expectativas baixas, mas voltei mais do que satisfeito.
Viajei até Lisboa para apresentar o meu livro.
Esperava algo grande, maior e melhor do que as que eu já tinha ido. "É a maior Feira do Livro do País", disseram.
Regressei ao Porto completamente desiludido.
O que concluí? Fiquei com a ideia de que a Feira do Livro de Lisboa não passa de uma fazenda. Os escritores são ovelhas todas amontoadas num círculo. Fui e vi a Rita Ferro, o António Lobo Antunes, a Alice Vieira e uma data de outros tantos autores, como se fossem um rebanho. Só a Paula Hawkins (escritora da Rapariga no Comboio) tinha algum espaço.
Reconheço o lugar privilegiado que os escritores da Chiado Editora têm, com espaço para apresentarem os livros a quem por lá deambular (embora muito poucos autores o tenham aproveitado).
Uma grande parte das pessoas que passam pela Feira do Livro de Lisboa não procuram comprar livros, alguns antes perguntam, de editora em editora, se os livros são grátis. Afastam-se, quando ouvem o esperado não.
Os leitores que se disponibilizam a comprar um livro, que são poucos, são logo captados pelas grandes cadeias editoriais, com a sua enormidade exacerbada, como o pescador pesca um cardume de peixes pequenos, com uma rede para tubarões.
É uma pena ver editoras como a Guerra & Paz, a Almedina e a Alfarroba misturadas lá no meio, que trabalham com uma paixão que ninguém vê.
Sem comentários:
Enviar um comentário