julho 2017 | Para Lá da Kapa

quinta-feira, 13 de julho de 2017

STRATTON - FORÇAS ESPECIAIS — A Opinião do Filme

Título: Stratton - Forças Especiais
Realizador: Simon West
Lançamento: 6 de junho de 2017
SinopseVê em baixo

  Stratton é um filme típico. Não é mau, mas também aspira a ser um bom filme de ação. Tem um elenco notável e pouco mais.

  É um filme que pode ser visto numa tarde sem programa. Não me despertou a atenção, talvez por já ter visto bastantes filmes com guiões e temas parecidos. Retrata uma equipa governamental à caça de uma arma biológica e, como todos os filmes semelhantes, o ataque não se chega a realizar (salvo uma pequena representação do efeito da arma, que deixa muito a desejar).

  Custaria-me ver Stratton a 2ª vez, talvez por lhe faltar conteúdo para rever. Tem uma grande lacuna de originalidade! Ainda por cima, temos outro filme de ação, com enredo extremamente similar, que acabou de sair do cinema: Conspiração Terrorista, com uma qualidade superior.

Sinopse

John Stratton, do MI6, entra com o agente norte-americano Marty num complexo laboratório no Irão com o objectivo de interceptar um enorme lote de armas bioquímicas. Mas a missão é malsucedida, resultando na trágica morte de Marty. De regresso a casa, desmoralizado e mais introspectivo do que nunca, Stratton é recrutado para uma nova e complicada missão: deter Barovski, um criminoso russo dado como morto há quase 20 anos, que planeia usar armas químicas para se vingar. Ainda com dificuldade em lidar com a morte do amigo, Stratton decide focar toda a sua energia na tarefa que tem em mãos. Mesmo que isso que custe a própria vida…

terça-feira, 11 de julho de 2017

CÓLERA — A Opinião da Obra

Título: Cólera
Autor: Denis Marquet
Sinopse: Vê embaixo
Lançamento: 2002
Editora: Editora Livros do Brasil (Portugal)
Tradutor: Maria Emília Ferros Moura

  Cólera foi o último livro que li, e é com toda a força que conquista um lugar no meu TOP 10. 


  Admito, com profundo desgosto, que a crítica que vos transmito está envenenada! Este livro não se encontra disponível em NENHUMA cadeira livreira relevante. A única maneira do encontrarem é como eu fiz, num alfarrabista ou numa deliciosa livraria tradicional. 
  Ao contrário de Espanha, Brasil e França, somos um país que não guarda espaço para conhecer livros de grande calibre. Cólera é desses livros e eu agradeço à Editora Livros do Brasil, por ter traduzido o título para Portugal, mesmo que ainda não o tenhamos reconhecido.

Para mim, um bom livro não precisa de ter prémios, de ser destacado ou conhecido, mas de mexer comigo. Cólera tocou-me em vários aspetos:

  1. Coloco Cólera nos melhores livros de ficção que li pela cultura em biologia, geologia, etnologia, sismologia e muitas outras áreas, sendo cativante e inesperado;
  2. Ponho Cólera nos melhores filosóficos que li pelos temas religiosos, interiores e pessoais que aborda, explora e enraíza, sem abusar ou ferir.
  3. Julgo Cólera nos melhores romances que li pela variedade de conceitos que o AMOR aborda, até em diferentes momentos de um mesmo casal, como noutros, desde as mentes mais limitadas às mais vastas.


Confesso que ainda estou a chegar à meta dos 50 livros lidos este ano, porém, Cólera é indubitavelmente o que mais apreciei até hoje. Não foi uma leitura rápida ou intensa, prezo o livro por ter conseguido cativar-me de forma a não mo deixar abandonar, mas também de não me obrigar a devorá-lo num só dia, para o abandonar no seguinte. NÃO! Cólera permitiu-me saboreá-lo e, por isso, também o coloco nos melhores livros franceses que já li.

  Para acabar, Cólera não é sobre cólera em si (como inicialmente supus), sim sobre algo muito mais profundo e complexo, como tiveram oportunidade de reparar. Não acreditei, quando soube que é o romance de estreia do escritor! A par disso, a tradução está muito bem feita, mesmo tendo reparado no cansaço do tradutor com as gralhas das últimas páginas. 

 Aconselho vivamente a quem procura refrescar a memória e a sua conceção da vida.  
 A minha mudou. 


Sinopse

A Terra. Explorada, martirizada, desfigura.
A Terra revolta-se.
Sismos, cheias, ciclones erupções vulcânicas, vírus letais...
Face a uma série de catástrofes sem precedentes, cientistas do mundo inteiro sentem-se perplexos. Uma mulher, em contra-partida, compreendeu. Porque soube pagar o preço. Mas será que o mundo está pronto para escutar essa mulher? 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Poesia de Cesário Verde. Conhecem?

  Deparei-me há uns dias com Cesário Verde, um homem que pouco mais fez do que escrever o quotidiano, de forma poética e dispersa. Morreu novo, vítima da tuberculose (pandemia impiedosa de 1900), deixando uns meros 40 poemas como legado. Anos mais tarde, o seu melhor amigo juntou a maioria desses textos e publicou O Livro de Cesário Verde. 


  Sabendo a biografia de Cesário, pode tornar-se difícil decifrar como é que um só livro consegue imortalizá-lo, ainda para mais, como é que ele é considerado um mestre para Fernando Pessoa, um dos Reis da poesia portuguesa.
  A verdade é que Cesário consegue retratar uma cidade decadente, uma milady frívola e cruel, mas tentadora e outros tantos miseráveis e afins duma forma simples, extremamente bela e acessível a qualquer um. 

Depois, 
  • temos cheiros e paladares deliciosos, como «Um cheiro salutar e honesto ao pão no forno» e «Ó minha loura e doce como um bolo!»;
  • Pormenores do passado: «Uma iluminação a azeite de purgueira, de noite, amarelava os prédios macilentos». 
  • Contextos históricos «E evoco, então, as crónicas navais: Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado! Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado! Singram soberbas naus que eu não verei jamais!»

Tem tantos pormenores e perspetivas que até pode soar a ofensa o que me limito a mostrar. O melhor é serem vocês mesmos a aventurarem-se pelos seus textos que, não sendo muitos, nem chegam a cansar ou a calar o desejo.

Aqui está a minha visão de Cesário Verde. E a vossa? Qual é o veredicto?

sábado, 8 de julho de 2017

A TODA A VELOCIDADE — A Comédia de Família

Título: A Toda a Velocidade
Realizador: Nicolas Benamou
Lançamento: 6 de julho de 2017 - Estreia esta Semana!
Sinopse & Trailer: Vê em baixo


  «A Toda a Velocidade» é uma comédia francesa, onde uma família está prestes a embarcar em férias. Com dois filhos traquinas, o pai cheio de trabalho, a mãe grávida e um avô NADA normal... O CARRO NOVO DECIDE MUDAR DE RUMO, assim pensavam eles.



  A sala de antestreia estava cheia! Houve muitas alturas de riso em uníssono e outras em que só eu me ria, para depois os outros também o fazerem. Este filme conquistou o seu lugar, estando sem dúvida no meu TOP 3 das comédias deste ano (Em conjunto de Uma Vontade Cega e de Girls Nights). 
  
Os rituais e taras de cada personagem são, no mínimo, originais. Estou certo que se alguém me referir, daqui a anos: «Recordaste daquela comédia com a polícia do Ping-Pong?», eu vou lembrar-me.

É um filme acessível a todas as idades, com piadas para todos os géneros. Aconselho, se procuram uma tarde animada em família.  


  Sinopse

Desejosa de umas férias descansadas, uma família igual a tantas outras sobe para o seu monovolume e põe-se a caminho. Já na autoestrada, o pai programa a carrinha para uma velocidade de cruzeiro de 130 km/h. Tudo parece correr como o previsto… Até perceberem que o computador de bordo avariou e que agora não têm maneira de reduzir a velocidade ou controlar o veículo. A solução, no imediato, passa por três coisas fundamentais: manter a calma, ligar à polícia de trânsito e tentar encontrar quilómetros e quilómetros de caminho desimpedido


Trailer

Highlights