Hoje, apresento-vos a minha entrevista exclusiva ao autor Robert Muchamore, que veio festejar os 10 anos da CHERUB em Portugal (a sua saga mundial já vendeu quase 10 milhões de livros pelo mundo) e partilhar alguns dos seus momentos especiais.
P.S. — Não ligar aos soluços do entrevistador, que ainda está a aprender!😉
Entrevista Traduzida:
Diga-nos, Robert, sempre quis ser escritor?
Sim, desde que me lembro! Penso que tudo começou quando eu tinha 13 anos e percebi que seria porreiro ser escritor.
E houve algum momento especialmente decisivo para o começo da sua carreira?
Bem, eu sempre me dediquei a escrever. Comecei a escrever para pessoas adultas, mas depressa reparei que não era feliz. Quando comecei a pensar e a escrever para leitores mais jovens, tinha eu já os meus 20 anos. Percebi finalmente que estava a fazer algo bom, em que eu estava confiante.
Compreendo. E como é que foi entrar no mundo editorial? Sabemos que não é um mundo fácil para escritores iniciantes.
Sim! Qualquer escritor precisa de muita sorte. Em Inglaterra temos o sistema dos agentes literários. Eu tive sorte com o meu, que me ajudou a rever e ajustar o manuscrito antes de o propor às editoras.
Como é que o sucesso surgiu desde aí? Veio logo com o seu 1º livro?
Bem, foi bastante difícil no início. A minha reputação e fanpage foram crescendo gradualmente na Inglaterra com a pressão constante de ter de ser bem sucedido. Inicialmente, perdi muito dinheiro, embora saiba que foi bem empregue.
O período de tempo entre o não reconhecimento e o sucesso foi complexo, portanto?
Certo. Os meus livros foram sendo publicados e, com cada um deles, podia reparar no meu grupo de seguidores a crescer. Foi muito agradável ser cada vez mais bem recebido com cada lançamento. Começámos a fazer apresentações e sessões de autógrafos por todo o país, lembro-me especialmente das sessões que fiz pela Austrália. Passei uma fase bem divertida que me abriu os olhos para a responsabilidade que tenho em mãos.
E de todas as suas publicações há alguma por que tenha especial afeto?
Sempre que me fazem uma pergunta semelhante eu digo o "Recruta", principalmente porque foi o primeiro. Pude dizer: Este é o meu livro com o meu nome na capa. Para além disso, podia vê-lo nas estantes das livrarias. No entanto, o momento mais importante foi quando o dei à minha mãe. É uma sensação espantosa! Penso que a parte mais instigante e insegura é a de publicar o nosso primeiro livro.
É tocante que um dos momentos mais importantes da sua carreira tenha sido o de mostrar o manuscrito aos seus pais.
Sim, é uma memória muito especial. Eu lembro-me de outras coisas, como a viagem à Austrália em que fui para uma sessão de autógrafos numa grande limusina preta, onde toda a gente me aguardava. Eu retenho muitas memórias boas, mas as primeiras são indubitavelmente especiais.
Entendo. Então, para terminarmos, tem alguma coisa a dizer aos seus leitores portugueses?
Bem, eu quero agradecer-vos, porque são o país que mais me apoia com o maior número de leitores per capita que eu tenho no mundo. É muito gratificante ter tantos portugueses a lerem-me e continuem a comprar os meus livros, porque eu preciso do dinheiro! (hehehe)
Dou-lhe pessoalmente os parabéns. Embora ainda não tenha tido a oportunidade de ler a saga da J. k Rowling, tive a honra de ler a coleção completa da CHERUB, que me acompanhou em pequeno. Se quiser autografá-los...
Isso é o que adoramos ouvir! Claro que vou assiná-los e eu tenho a certeza que a maioria dos que estão aí em casa nunca ouviram falar da J.K. Rowling. Não se preocupem com ela o que conta é lerem os meus livros. 😉
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