Título: Sete Estranhos no El Royale (Bad Times at the El Royale)
Realizador: Drew Goddard
Estreia: 18 de outubro de 2018
Idade que Recomendamos: +16 (maturidade, cenas sangrentas e perversas)
Género: Mistério Psicológico (Drama e Suspense)
Duração: 140 minutos
Tipicamente americano, “Sete Estranhos no El Royal” apresenta uma parábola que quer ser diferente. Mas, no fundo, será tudo areia da mesma praia?
Para começar, destaco os cenários e adereços cénicos. São a particularidade mais briosa do filme, sob o pretexto do decadente hotel luxuoso El Royale, construído na fronteira entre os estados da Califórnia e do Nevada. No estabelecimento, os hóspedes têm a opção de residir no glamoroso Nevada ou no majestoso sol poente da Califórnia. Embora a ideia não seja inédita, foi abordada com eloquência, conseguindo conciliar beleza estética com um ambiente mortífero.
O filme tem uma boa dose de mistério vintage. Com mais de duas horas de duração, há oportunidades para apresentar e aprofundar cada uma das personagens, que, como o próprio título indica, se resumem a sete entidades.
Sendo os mistérios psicológicos um dos temas que mais aprecio, é de esperar que conheça vários títulos do tema e, apesar de "Sete Estranhos no El Royale" se distinguir pela sua expressividade estóica, dispersa-se nas trivialidades que regem os filmes americanos. Revela semelhantes a outros títulos do género, como "Terminal". Todavia, a grande desilusão veio com o final mais feliz e esperado possível e da consciência das personagens. Muito embora tentem desenvolvê-las seguras e de mentalidades distintas, elas vão de encontro à ação padrão do guião.
Abordando o elenco, acredito que se justifica a separação deste em dois grupos — o dos naturais e o dos artificiais. Por um lado, temos o dos naturais, onde incluo o Jeff Bridges, a Cynthia Erivo, a Dakota Johnson e o Jon Hamm. Este grupo contribuiu para o encanto do El Royale, com atuações exímias e autênticas. Curiosamente, foi este conjunto de estrelas a iniciar o filme.
Por outro lado, mais tarde surgem os atores Chris Hemsworth, Cailee Spaeny e Lewis Pullman. Cada um destes três representa uma classe profunda, ainda que minoritária, da sociedade. Porém, todos carecem de individualidade e veracidade. Não há dúvidas que o Chris Hemsworth era o grande destaque deste filme, não só pelo seu papel como Thor na saga "Vingadores" como também pela sua prestação shirtless durante a longa-metragem. Começou com o pé direito, encarnando um vilão em ascensão, para terminar aos tropeções, como uma personagem débil e carente.
O filme é comprido, desenvolvendo-se numa primorosa primeira hora e meia imprevisível (dedicada ao 'grupo dos naturais'). Depois, aproxima-se do desfecho e entra em declínio, onde encontramos um fim indigno.
"Sete Estranhos no El Royal" vive um policial ao estilo dos anos 70, onde a derradeira questão é — quem acabará vivo? A resposta verifica-se, infelizmente, frouxa.
Sinopse | CONHECE ESTE HOTEL DE SONHO
Sete estranhos, cada um com um segredo por enterrar, encontram-se no El Royale, em Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio. Durante uma noite fatídica, todos terão uma última oportunidade de se redimir... antes que tudo corra mal.
Gostei do filme, 3* Para ti quem achas que estava nas fitas? Pensei num dos irmãos Kennedy
ResponderEliminarTambém penso no irmão Robert F. Kennedy, embora aprecie o anonimato da fita, como a essência do próprio hotel.
ResponderEliminarEu odiei não ter sabido quem estava na fita, mas há várias teorias e uma dela fala no Robert e outra no Martin Luther King.
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